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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hoje sei que era medo

" Alguém disse que meus poemas estão ficando herméticos.
Não sei se foi elogio ou uma pesada crítica. O estranhamento é porque não escrevo mais poemas simples, amorosos e poéticos como há dez, 15 anos atrás?

A cada dez anos minha vida muda radicalmente. Na década de 90, tornei-me uma mulher só.
Não solitária, mas livre. Livre de doer. " Até que a morte os separe". Conhece?

Posso até falar, mais tarde, em alguma crônica, como cada uma dessas décadas se modificaram. Mas posso assegurar a quem quer que seja, que as mudanças sempre foram para melhor. Quer dizer: nenhuma me puxou pra baixo. Antes, me trouxeram algum tipo de evolução

4 comentários:

  1. Comer, rezar, amar.

    Estou lendo um livro (Comer, rezar, amar) de Liz Gilbert, que já teve mais de quatro milhões de exemplares vendidos.
    Ganhei de presente do meu filho.
    Um dia antes do meu aniversário ele disse que iria me oferecer uma nova perspectiva (de vida).
    Emocionei-me ao abrir o pacote de presente.Lia alguns trechos, ria, chorava, agradecia. Meu filho sabia que o livro mexeria comigo.
    Esse romance eu vou ler até o fim. E será um daqueles para releitura, por ao menos mais uma vez.
    Meus amigos sabem que se eu não gosto de um livro, não leio só por obrigação. Leitura,na minha opinião, é também entretenimento. Gosto dessas viagens fascinantes que faço através dos olhos de outra mulher, vivendo e modificando suas próprias histórias.
    Também preciso comer, rezar e amar de jeitos novos. Comer de forma mais equilibrada, rezar para pedir exatamente o que eu quero e não deixar tudo para que Deus resolva. E o mais importante, reaprender a amar. Amar sem medo. Sei que foi por medo, medo de sofrer novamente e de forma tão intensa, que tranquei-me de uma forma que não faz bem a ninguém.
    Às vezes deixo que pessoas se aproximem e fiquem um pouco, mas logo, ao primeiro sinal de um maior envolvimento, estabeleço rotas de fuga.
    Certa vez, na Catedral de Blumenau,contei ao confessor que estava muito triste e até bastante deprimida,dizendo que depois do meu marido nenhum relacionamento mais dava certo.
    Ele respondeu-me com outra pergunta:
    - E você, está preparada para que dê certo?
    Calei-me e até hoje não sei responder.

    Tenho evitado entregar-me aos sentimentos e isso tem influenciado até na escrita dos meus poemas. Eles já não fluem de forma poética, amorosa e apaixonada.

    Tenho escrito de forma até mais rebuscada, talvez um pouquinho mais sofisticada, mas herméticos, como disse o Mestre Marcelo.
    Sei que ele me diria agora, que o poema tanto pode ser de amor como sobre qualquer outro tema. Mas tem que haver poesia em cada verso.

    Quem sabe, até o final da leitura desse livro maravilhoso, eu já tenha me "modificado" um pouco.

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  2. Olá Terezinha,
    Como já dizia Mário Quintana,

    "A poesia não se entrega a quem a Define"

    Parabéns pela iniciativa do Blog, desejo muito sucesso a você! Sempre que possível, farei uma visita por aqui.

    Saudações Cordiais,
    Ricardo Brandes

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  3. OI!
    TAMBÉM GANHEI O LIVRO COMER, REZAR E AMAR DE MINHA FILHA.
    ASSIM COMO VOCÊ ESTOU AMANDO O LIVRO. ELE ESTÁ MEXENDO COMIGO. ESTOU NA INDIA COM A LIZ APRENDENDO A VIVER EM DEUS.
    DEPOIS VOU À INDONÉSIA REAPRENDER A AMAR.
    UM ABRAÇO!
    MARIA DE LOURDES

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  4. Amei! Abri meu blog ontem e já tenho encantadores seguidores!
    Nem faz tanto tempo assim mas já estava com saudades dos amigos. Faz parte da minha vida esse convívio. Escrever e dialogar com vocês, mesmo que virtualmente, é meu chão. Meu pão e meu conforto.
    Tenho alguns blogs mal administrados, por isso reabri este com nova proposta, sem o compromisso de ser isto ou aquilo. Uma decisão tomada para 2010, é a de falar menos e escrever mais. Ouvir mais e aprender, idem. Ler mais e mudar muito o jeito de ver as coisas.
    Estou exercitando a prática do desapego às causas pré-estabelecidas. Quero ousar mais. Quero viver!
    Minha felicidade hoje seria completa se eu fechasse minha casa e mudasse para Santo Antonio de Lisboa. Tenho fixação por esse cantinho encantado da Ilha de Santa Catarina.
    De tradição açoriana, me fascina pelo seu artesanato, as redes de pesca, o colorido do casario. A culinária perfumada de mar.
    Teria uma casinha branca com janelas azuis,à beira mar. À noite, deixaria sempre uma janela aberta para deixar entrar a luz da lua.
    Apenas dois quartos, cozinha e banheiro. O que sobrasse de espaço, seria o meu ateliê de tecelagem. Lá eu passaria horas tecendo novas descobertas. Meu panos seriam mais rústicos e cheio de cores que não combinam entre si. Mas que enchem os olhos de qualquer cristão.
    Eu fugiria das regras e padrões. Inventaria uma cor para cada novo olhar, sob as estrelas das noites de verão.
    Sairia para caminhar de madrugada e em cada pedra da calçada rutilaria uma palavra nova para um poema novo. Olharia os transeuntes e diria sem pronunciar uma palavra, eu faço parte desse universo. Eu quero estar aqui.
    Eu vim!
    Estou aqui para deixar sair de dentro de mim, uma mulher florida.
    Sou lagarta secando ao sol de Blumenau, sem umidade para liberar asas.
    Terezinha Manczak

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