domingo, 21 de março de 2010
De humanos e deuses
Do sangue vertem
aragens
Vertigens
Plasma
e memória dos tempos.
Timbrados papéis
Calendários
Vai –e- vém dos ventos
Tempestades
Silêncios
Carne impressa em ventania
Lentidão
ruídos e cordames podres
Ossos e hóstias
repartem o corpo
Celebração
Nervos, estilhaços
contemplação e ócio
Inda não é hora de chamar os deuses
Cá na terra, comemos o barro dos dias
Pecamos
Orgásticos e pobres caminhamos para o nada
De maneira inverossímel, suburbana e tática
Agonizamos
Sob o tédio das heranças e a mesmice prática
Tudo é vão
tudo é via.
Por sobre os muros,
A laje inerte das precariedades.
Ousamos silenciar quando o grito é tudo,
Somos fracos e míopes, num país de surdos
Mornos e úmidos como a boca da noite
Engolimos as horas de um vidro quebrado.
Espelho partido.
Procuramos respostas, o verso perfeito
Descobrimos
Nada faz sentido.
Contrário , quando assumido.
Não sabemos prover o vazio das lacunas
Cegamos o sol com a beleza pragmática
De maneira inverossímel,
suburbana e tática
Agonizamos
Sob o tédio das heranças e a mesmice prática.
Terezinha Manczak
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