sábado, 27 de março de 2010
versos desconexos 2
uma palavra ácida
fratura concreta
num verso exposto
uma palavra concreta
fratura exposta
num verso ácido
uma palavra exposta
fratura ácida
num verso concreto
*****
ao pé da cama
o verso insone aguarda
a madrugada que não chega
o dia não amanhece
porque o azedume do pão
bolorou no estômago
ao pé da cama
jaz o sono antigo
****
Terezinha Manczak
domingo, 21 de março de 2010
De humanos e deuses
Do sangue vertem
aragens
Vertigens
Plasma
e memória dos tempos.
Timbrados papéis
Calendários
Vai –e- vém dos ventos
Tempestades
Silêncios
Carne impressa em ventania
Lentidão
ruídos e cordames podres
Ossos e hóstias
repartem o corpo
Celebração
Nervos, estilhaços
contemplação e ócio
Inda não é hora de chamar os deuses
Cá na terra, comemos o barro dos dias
Pecamos
Orgásticos e pobres caminhamos para o nada
De maneira inverossímel, suburbana e tática
Agonizamos
Sob o tédio das heranças e a mesmice prática
Tudo é vão
tudo é via.
Por sobre os muros,
A laje inerte das precariedades.
Ousamos silenciar quando o grito é tudo,
Somos fracos e míopes, num país de surdos
Mornos e úmidos como a boca da noite
Engolimos as horas de um vidro quebrado.
Espelho partido.
Procuramos respostas, o verso perfeito
Descobrimos
Nada faz sentido.
Contrário , quando assumido.
Não sabemos prover o vazio das lacunas
Cegamos o sol com a beleza pragmática
De maneira inverossímel,
suburbana e tática
Agonizamos
Sob o tédio das heranças e a mesmice prática.
Terezinha Manczak
segunda-feira, 8 de março de 2010
Painel Poético/Dia Internacional da Mulher
segue poema que fiz para celebrar vcs, mulheres, todos os dias e todas as noites.
Toda mulher é uma viagem
ao desconhecido. Igual poesia
avessa ao verso e à trucagem,
mulher é iniciação do dia,
promessa, surpresa, miragem.
De nada adiantam mapas, guias,
cenas ensaiadas ou pilhagens.
Controverso ser, mulher é via
de mão única, abismo, moagem.
É também risco máximo, magia,
caminho íngreme na paisagem.
Simplificando: mulher é linguagem,
palavra nova, imagem que anistia
o ser, o vir a ser e outras bobagens
Abraço fraterno
Rubens
www.rubensjardim.com
Toda mulher é uma viagem
ao desconhecido. Igual poesia
avessa ao verso e à trucagem,
mulher é iniciação do dia,
promessa, surpresa, miragem.
De nada adiantam mapas, guias,
cenas ensaiadas ou pilhagens.
Controverso ser, mulher é via
de mão única, abismo, moagem.
É também risco máximo, magia,
caminho íngreme na paisagem.
Simplificando: mulher é linguagem,
palavra nova, imagem que anistia
o ser, o vir a ser e outras bobagens
Abraço fraterno
Rubens
www.rubensjardim.com
domingo, 7 de março de 2010
Painel Poético/Dia Internacional da Mulher
M u l h e r
Fonte da Vida
Meu nome?
Será que importa?
Apenas sou mulher
Sou dedicação
Até sou doação
Além de ser filha...
Namorada também sou
Noiva... Esposa ou irmã
Não importa a interpretação
Suporte familiar
Alicerce nas horas certas
Piloto de fogão
Conhecedora de desafios
Também da solidão
Nunca me entristeço
Ao deparar com a ingratidão
Sou tudo isso...
Não escolho profissão
Nasci para a vida
Viso à libertação
Também sou redimida...
Transformo a dor em salvação
Especialista em ceder o perdão!
Nas trevas sou luz
Em silêncio, sou guia
Que entre perigos conduz
Sou de fácil denominação
Basta sentir o meu sentir...
Não sou Amélia
Nem Dama tento ser
Muito menos, a flor camélia!
Apenas mulher de verdade
Visando a felicidade
Em qualquer sentido ou lugar
Mesmo na sociedade
gostaria ser tratada
com merecida dignidade...
Ideais?
Será que os tenho?
Todavia,
um nome preciso ter!
Poderia ser competência
Sobrenome?
Quem sabe, eficiência...
Porém,
prefiro ser denominada
apenas...
M u l h e r
....................................
Ilka Bosse
Bailarina das Letras
Blumenau - SC - Brasil
Fonte da Vida
Meu nome?
Será que importa?
Apenas sou mulher
Sou dedicação
Até sou doação
Além de ser filha...
Namorada também sou
Noiva... Esposa ou irmã
Não importa a interpretação
Suporte familiar
Alicerce nas horas certas
Piloto de fogão
Conhecedora de desafios
Também da solidão
Nunca me entristeço
Ao deparar com a ingratidão
Sou tudo isso...
Não escolho profissão
Nasci para a vida
Viso à libertação
Também sou redimida...
Transformo a dor em salvação
Especialista em ceder o perdão!
Nas trevas sou luz
Em silêncio, sou guia
Que entre perigos conduz
Sou de fácil denominação
Basta sentir o meu sentir...
Não sou Amélia
Nem Dama tento ser
Muito menos, a flor camélia!
Apenas mulher de verdade
Visando a felicidade
Em qualquer sentido ou lugar
Mesmo na sociedade
gostaria ser tratada
com merecida dignidade...
Ideais?
Será que os tenho?
Todavia,
um nome preciso ter!
Poderia ser competência
Sobrenome?
Quem sabe, eficiência...
Porém,
prefiro ser denominada
apenas...
M u l h e r
....................................
Ilka Bosse
Bailarina das Letras
Blumenau - SC - Brasil
sábado, 6 de março de 2010
esse poema não é da Cecilia Meireles
CANÇÃO DO SONHO ACABADO
Helenita Scherma
Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor!
Cobicei, cheirei, colhi,
mas ela despetalou
e outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
me embriaguei de alegria;
mas os risos da amargura,
no limiar da loucura,
se tornaram fantasia...
Já sonhei felicidade
- mãos dadas, fraternidade
ideal e sem fronteiras.
Utopia! Voou ligeira
nas asas da liberdade...
Desejei viver! Demais!
Segurar a juventude;
prender o Tempo, na mão;
plantar o lírio da Paz!
Mas nem mesmo isto, eu pude.
Tentei, porém, nada fiz.
... Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais!...
Helenita Scherma
Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor!
Cobicei, cheirei, colhi,
mas ela despetalou
e outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
me embriaguei de alegria;
mas os risos da amargura,
no limiar da loucura,
se tornaram fantasia...
Já sonhei felicidade
- mãos dadas, fraternidade
ideal e sem fronteiras.
Utopia! Voou ligeira
nas asas da liberdade...
Desejei viver! Demais!
Segurar a juventude;
prender o Tempo, na mão;
plantar o lírio da Paz!
Mas nem mesmo isto, eu pude.
Tentei, porém, nada fiz.
... Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais!...
Painel Poético/Dia Internacional da Mulher
Luzes
Nada sei de bares
Noites
Botequins
Só sei de fronhas limpas
Troca de lençóis
Luzes de abajur
Mesas e jantares
Só sei de aconchegos
Copos quentes de leite
Corpos quentes de amor
Começo ao amanhecer
E vou até o fim do dia
Por isso meu poema simples
Ingênuo
Retiro da rotina
Minha poesia
Meus versos são estrelas
Caídas da noite
E aos tropeços as encontro
No meio do meu dia
Terezinha Manczak
Nada sei de bares
Noites
Botequins
Só sei de fronhas limpas
Troca de lençóis
Luzes de abajur
Mesas e jantares
Só sei de aconchegos
Copos quentes de leite
Corpos quentes de amor
Começo ao amanhecer
E vou até o fim do dia
Por isso meu poema simples
Ingênuo
Retiro da rotina
Minha poesia
Meus versos são estrelas
Caídas da noite
E aos tropeços as encontro
No meio do meu dia
Terezinha Manczak
Painel Poético/Dia Internacional da Mulher
Caminhada
Passo a passo
Na madrugada,
Sinto "teus" passos
Seguindo-me na caminhada.
As luzes acesas
Clareiam meu caminhar.
Sinto a tua presença
Pairando sobre o caminho.
Paro.
E toco de mansinho
A tua sombra amada
Na escuridão do chão desenhada
Dorothy de Brito Steil
Passo a passo
Na madrugada,
Sinto "teus" passos
Seguindo-me na caminhada.
As luzes acesas
Clareiam meu caminhar.
Sinto a tua presença
Pairando sobre o caminho.
Paro.
E toco de mansinho
A tua sombra amada
Na escuridão do chão desenhada
Dorothy de Brito Steil
sexta-feira, 5 de março de 2010
Painel Poético/Dia Internacional da Mulher
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